sábado, 31 de janeiro de 2009

Orgástica........

Blog? Para que começar um blog? Você já lê bastante, para que gastar seu tempo escrevendo? Essas foram as palavras de um amigo quando comentei que tinha vontade de começar a por uns textos em um destes sites pessoais. Realmente, qual o real porquê de colocar pensamentos, textos, poemas, frases, cantadas, conto erótico, piadinha sem graça e muito mais, na tal da internet?
No meu caso a resposta é bem simples: Eu sempre escrevia sobre assuntos gerais e deixava os textos gravados no micro, depois eu delatava achando tudo muito sem graça, mais tarde ficava pensando de eu realmente devia ter delatado, (um drama, coisa de novela mexicana), um dia, tomei coragem e resolvi jogar na net, simples assim.
Quer dizer... Simples assim uma ova, quando coloquei o primeiro texto quase tive uma síncope, escrever é algo tão pessoal quanto tomar banho, você se abre, dá sua cara a tapa para todo e qualquer julgamento, proveniente de toda e qualquer pessoa, mas que é bom, ah, isso é.
Ler e escrever, coisas simples da vida que eu adoro, palavras impressas (ou virtuais já que na net podemos encontrar muita coisa interessante, como o blog do Emílio Pacheco que é excelente) me deliciam, comparo ler ao sexo: O leitor e o autor criando uma relação única e perfeita, uma boa leitura pode ser orgástica. Às vezes a pessoa não gosta do livro ou texto, mas como em uma relação sexual, nem sempre a leitura é sempre prazerosa para as duas partes (ou três ou quatro dependendo do numero de autores, causando assim uma orgia literal).
E se ler é como fazer amor, escrever é uma masturbação intelectual, um prazer auto – induzido, e como qualquer sexo solo, é sempre satisfatório. Redigir despende certa energia, gasta-se um pouco de tempo, pede concentração... Mas, em compensação, requer pouquíssima experiência, e qualquer indivíduo (estou generalizando, não me matem) pode fazer, independente da hora e do lugar, aliás, faze-lo é uma prática totalmente saudável, inclusive muito incentivada por diversos médicos.
Indivíduos deliciem-se, aproveitem que as melhores coisas da vida são de graça e muito simples de fazer, escrevam sem a pretensão de ingressar no labor literário, coloquem no papel (ou laptop, ou pc) verdades, mentiras, meias-verdades, sonhos, medos, até mesmo bobeirinhas do cotidiano, mas o façam, ou vocês vão perder a chance de ter essa experiência orgástica??????????

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mulheres estéticamente pivilegiadas


Olhando um determinado site de relacionamentos no qual eu tenho conta, (“Fuçando” um determinado site de relacionamentos seria a frase mais adequada), entro na página de um rapaz e, entre todas as respostas às questões pré-definidas pelo site, me deparo com a seguinte pergunta: - O que não suporto? A resposta do rapaz poderia ser: As guerras, o aquecimento global, a pedofilia, os programas de auditório, mas não... O que ele realmente não suporta, são “mulheres esteticamente não privilegiadas e chatas”.

Poderia ter escrito “Chatas e não esteticamente privilegiadas”, mas não, a estética apareceu antes da personalidade, e lá estava a eterna sinceridade masculina gritando a quem quisesse ouvir: Não gosto de mulheres feias, nem chatas, se ele fosse um pouquinho mais honesto consigo mesmo, poderia ter acrescentado: Mas, se a mulher for chata e bela, eu suporto.

Anos e anos depois da época em que a humanidade morava em cavernas e caçava para sobreviver... Anos e anos de evolução. Para quê? Os homens continuam seres visuais, a garota pode ser amorosa, divertida, inteligente, bem-sucedida, PHD em neurologia, poliglota, escritora de romances best sellers, mas, se a pobrezinha não for “esteticamente privilegiada”...

Nossos ancestrais escolhiam os parceiros por puro instinto, copulando com a mulher que tivesse mais atributos para gerar descendentes, isso quer dizer, que as neandertais que quisessem um parceiro deviam ter ancas grandes (Quadril grande auxilia na hora do parto) e seios idem (Mais leite para os rebentos);Coitadas, desde a pré-história os homens preferiam as gostosas.

Revolução tecnológica, LCD, GPS, MP7, Google, MSN, tanta coisa mudou e melhorou tantas coisas foram se adaptando com o passar do tempo, tantas melhorias na área da informática, da saúde, da ciência. Mas os habitantes de Marte continuam selecionando as habitantes de Vênus através da beleza.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A.M.O.R.

Metade da laranja, alma gêmea, tampa da panela, cara metade, par perfeito, já não acredito que exista um amor verdadeiro para cada um de nós, bom, em primeiro lugar, o embasamento cientifico: Não existe a mesma quantidade de homens e mulheres no planeta, isso é comprovado, não dá para discutir com a ciência, adicione a essa disparidade de gêneros uma boa parcela de homossexuais, tanto homens quanto mulheres, ( essa informação é imensurável, pois ainda existe quem não “saiu do armário”.- Besteira baby, assumam logo, liberdade já - , enfim esse é assunto pra outro texto!!!!!!).Em segundo lugar, o fato: Será possível amar uma só pessoa para sempre, pelo resto da vida até que a morte os separe?Não é muito egoísmo achar uma pessoa e querer que ela fique atada a você por toda a eternidade? Seria isso realmente amor ou apenas sentimento de posse? Seu namorado (a), noivo (a), marido (esposa), ficante, rolo, caso, affair, “é” seu, ou “está” com você?

Muitos podem responder : Ah fulano de tal “está” comigo, mas no fundo, bem no fundo, lá dentro mesmo, onde se esconde a honestidade e a verdade nua e crua, creio que (me desculpem por generalizar) todos gostariam mesmo é de possuir a pessoa amada.

“Ninguém é de ninguém”, titulo de livro, frase muito verdadeira, mas muitas vezes desacreditada. Eu mesma duvidei desta afirmação quando achei a minha metade da laranja, o problema é que só depois de alguns anos (meses, dias, horas, esse tempo varia de casal para casal) percebi que eu era tangerina e ele grapefruit. E depois de muito tempo me martirizando por ter perdido a tampa da minha panelinha, resolvi aceitar que, como pássaros, amores vem e vão.

Alguns amores são realmente forever and ever, e esses, são pequenos milagres, cultivados com muita paciência e disposição. Aposto como esses “casais eternos” já estiveram com seu relacionamento à beira do fim, bem na beiradinha do precipício da separação, mas de alguma maneira eles conseguiram entrar em um acordo e decidiram seguir em frente, decidiram “estar” juntos.

Ninguém é de ninguém...

Mas bem que eu queria alguém para chamar de meu.

Vida...

Mas, você é só uma menina de 23 anos, ainda não sabe nada da vida...

Mas, você já é uma mulher de 23 anos, já devia saber disso...

Já ouvi muitas vezes essas duas frases, desde junho do ano passado (Quando fiz 23 aninhos) até agora elas me foram ditas tantas vezes, em tantas situações diferentes e por tantas pessoas...

Um exemplo simples: Quando reclamo que ainda estou solteira, dizem que sou nova e ainda tenho muito tempo para isso, já quando choro por um romance que não deu certo, ouço que já não tenho mais idade para sofrer com essas coisas. Afinal de contas, nossa idade realmente define o que temos (ou não) que fazer, sentir, pensar?

Eis o que penso: Ninguém devia se prender a idéias pré - concebidas, a julgamentos precipitados, a “pré - conceitos”, a velhas manias inventadas por pessoas velhas... Não, por favor, não me entendam mal, não digo velhas enfatizando certa faixa etária, e sim, velhas de espírito, pessoas sem senso de renovação, de evolução.

Pensando rapidamente em alguns amigos, visualizo o de 35 anos com juízo de um adolescente de 15, o de 24, que trabalha desde os 16 e ajudou o próprio irmão a pagar a faculdade, a de 15 que já trabalha e se cobra resultados como gente grande, a de 23 que já casou, separou e agora apenas busca ser feliz, opa... Essa sou eu...

Idade cronológica, idade psicológica, idade disso, idade daquilo... E se nossa idade real não fosse baseada na quantidade de anos passados, e sim pelas experiências e experimentos que temos, pelo que achamos justo? Com certeza, veríamos muitos “jovens” cobertos de rugas e muitos “adultos” que ainda não tem nenhum pêlo de barba na face.

Maturidade.

Imaturidade.

Se esses adjetivos dependessem apenas da quantidade de voltas que a terra dá em torno do sol, a vida com certeza seria mais fácil: Estudar, namorar, se formar, noivar, arrumar emprego, casar, ser promovido, ter filhos, tudo na mesma ordem para todos, todos com a maturidade que sua idade cronológica pede ou com a imaturidade que a falta de idade cronológica permite...A vida seria fácil, mas não seria tão divertida.